sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Novamente Praia Grande dá de ombros para a acessibilidade

Acordos e promessas são feitas.
Mas na hora de implementar...
    Há quatro dias este blog tratou do caso de Jackson Paula, estudante da Unisantos e morador de Praia grande que pode ter que abandonar o curso por, apesar de ter mobilidade reduzida, ter negada solicitação de transporte adaptado para a universidade sob a desculpa de que não é de competência da prefeitura o transporte universitário (embora pague a 80 estudantes sem redução de mobilidade bolsas para transporte universitário) (veja aqui). Pois agora chega a notícia de que outra moradora de Praia Grande denuncia nas redes sociais a privação de direitos financiada pela prefeitura de Praia Grande.
    Apesar de ter recebido em 2010 cadeiras de rodas anfíbias, para portadores de necessidades especiais poderem tomar banho de mar com mais autonomia, até hoje as cadeiras estão guardadas sem uso. Note que o recebimento data de 2010, contado assim com a negligência de duas gestões (Roberto Francisco/PSDB (e hoje, PTdoB) e Alberto Mourão/PSDB).
    A prefeitura afirma que apenas em 2015 poderá colocar em prática o programa Praia Acessível (que conta com as cadeiras anfíbias), pois para a implementação ainda tem de realizar obras de acessibilidade e a contratação de servidores para formar as equipes que farão os empréstimos as cadeiras e profissionais de Educação Física.
    Agora, fica a dúvida: porque as obras e as contratações ainda não foram feitas? Só em 2010, o Gabinete do Prefeito (sem falar nas secretarias) gastou de forma direta - sem licitação - cerca de R$200.000,00 em publicidade. Em 2013, a Piracicabana recebeu a título de "Manutenção dos Serviços Administrativos, Manutenção dos Serviços Administrativos do Transito e Manutenção dos Serviços Urbanos", todos sem licitação, cerca de R$ 4.000.000,00.
    Ou seja, dinheiro não foi o problema. O problema é que a prefeitura antes de mais nada, antes de garantir que os direitos dos trabalhadores de Praia Grande, precisa garantir o lucro de empresas privadas.
    Enquanto aceitarmos essa lógica, que é a mesma do PT (que garante o "Bolsa-Banqueiro", comprometendo metade do orçamento da união com pagamento de juros a banqueiros), teremos nossos direitos violados. Só a nossa organização e mobilização pode mudar essa lógica.

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